domingo, 1 de abril de 2012

A morte sem mistérios

Por que a morte, sendo tão natural quanto o nascimento, fenômeno corriqueiro ao qual todos estamos sujeitos, sem exceção, ainda é considerada algo sinistro e tão misterioso? Por que ela é tão incompreendida e causa tanto sofrimento, sobretudo quando surpreende prematuramente nossos entes queridos?

O Espiritismo veio, em boa hora, desmistificar a morte, mostrando a sua verdadeira face, e, o que é mais importante, veio realçar a importância da vida, demonstrando que ela transcende a questão da sobrevivência. Entretanto, mesmo para os que estudam a realidade além-túmulo, a morte dos entes queridos é algo difícil de aceitar e administrar. Isso mostra quanto ainda somos imaturos, espiritualmente, e quanto temos ainda de desmaterializar nossos pensamentos e sentimentos.

Todas as religiões pregam a imortalidade da alma, mas a Doutrina Espírita foi além: comprovou, cientificamente, a imortalidade e resgatou o espírito da matéria, “matando a morte”. Não se trata mais de convicção religiosa. Trata-se de estar bem ou mal informado, pois, sem prejuízo dos princípios revelados pelo Consolador, o Espírito já foi pesado, medido e fotografado por uma legião de sábios, pesquisadores e cientistas de renome, conforme registrado nos anais da História.

Muito da incompreensão e do temor da morte repousa no desconhecimento da natureza espiritual do homem e no desconhecimento do perispírito, este, o invólucro inseparável da alma ou Espírito, elemento semimaterial, fluídico, indestrutível, que serve de intermediário entre o Espírito e o corpo físico. 

O estudo das propriedades e das funções do perispírito dilata novos horizontes à Ciência e constitui a chave de uma grande quantidade de fenômenos, preconceituosamente negados pelo materialismo e qualificados por outras crenças como milagres ou sortilégios, entre eles a materialização de Espíritos, confundida com a “ressuscitação” ou “ressurreição” dos mortos.